um balanço do que foi e a esperança no que virá

10:17 @Tiabetok 0 Comentários

          

         2016 passou como um caminhão em alta velocidade numa curva fechada caindo demoradamente de um penhasco. Mas eu sorri! brinquei, dancei, acampei, conheci gente maravilhosa; descobri que meus bons amigos eram os melhores, chorei no colo deles, e eu tinha colo pra chorar; fui adotada por suas famílias e descobri a reciprocidade do amor, quando o amor não está restrito a um relacionamento. 
                    Dei um tempo do curso a qual não escolhi, apenas fiz, mas vou terminar, vou voltar mais por segurança que por vontade! Consegui organizar a vida, depois que ela desmoronou, me diverti com coisas banais e aguentei firme as dificuldades. Me senti adulta e isso realmente assusta!
Superei alguns conflitos internos e aprendi a conviver com outros. Os sentimentos perderam a intensidade e as "coisas todas" deixaram de doer. E cada vez mais, o novo me encanta! Não viajei como antes, ou adquiri bens materiais como nos anos anteriores. pra ser sincera gastei mais com álcool e entorpecentes do que deveria; refleti sobre o erro, e errei mais algumas vezes, afinal, quem nunca?
                   Adotei dois cachorros que são os mais loucos que já vi, esbocei uns projetos que desisti de por em prática, e mais uma vez a promessa de ser fitness falhou. Li pouquíssimos livros pois ouvi música demais. Não fui a nenhum show, descuidei do jardim, e minha casa sempre está uma zona, finalmente ganhei peso e aos 45 do segundo tempo cortei o cabelo [de novo] e definitivamente fiquei com cara de menino.

                    Não fiz aquela lista de resoluções anuais que a gente nunca cumpre, nem dei os pulinhos nas ondas do mar; minha renovação começou bem antes, quando reorganizei os espaços e joguei fora tudo de ruim que ocupava meu peito e que refletia na inquietude e confusão da minha vida. 
Por mais clichê que seja "esse papo" de ano novo e suas renovações, é impossível não tirarmos esse período para avaliar o que nos faz bem, o que devemos mudar, e porque devemos, quando na verdade essa autoavaliação deveria ser feita com mais frequência, afinal, não devemos deixar pra ultima hora aquilo que nos faz feliz. 
                   Adotei uma filosofia deboísta (e espero continuar mantendo-me assim, embora seja mega difícil as vezes), resolvi falar mais abertamente sobre o que sinto, e nossa, como faz bem não guardar tudo pra si, ainda tenho a sensação de que não fiz nada do que deveria fazer, mas compensa dizer que parada eu não fiquei; que mesmo não dando tudo certo eu acertei um bocado, no final isso conta bastante; que eu possa ser mais positiva este ano, que finalmente eu consiga me formar, que eu tenha maturidade para lidar com as coisas ruins que porventura venham a acontecer. O que eu quero mesmo é um misto de tudo isso, mesmo com dramas, mesmo sem amor de novela. Eu quero os cafés da tarde e os hotdogs da sexta feira, a pia cheia de louça suja e histórias gostosas pra contar.

e que eu continue florescendo a cada dia, 

porque o ano não vai ser novo 

enquanto eu for a mesma




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